terça, 15 de julho de 2025
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Venom: Tempo de Carnificina


Venom: Tempo de Carnificina
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O alienígena Venom estreou na telona em 2007, como o vilão de Homem-Aranha 3, com seu hospedeiro Eddie Brock interpretado por Topher Grace (Infiltrado na Klan). Uma década depois, o jornalista fracassado que culpava Peter Parker por sua ruína deixou o herói aracnídeo de lado para reinar sozinho no filme de origem Venom, estrelado pelo mais robusto – de tamanho e de talento – Tom Hardy (O Regresso). A crítica torceu o nariz, mas o público compareceu em massa. Os US$ 100 milhões do orçamento foram cobertos com folga pelos mais de US$ 850 milhões da bilheteria mundial.

Venom: Tempo de Carnificina

Com sinal verde para a continuação, o diretor Ruben Fleischer ficou na produção executiva e passou o bastão para Andy Serkis. Mais conhecido como o intérprete do Gollum de O Senhor dos Anéis e do Ceasar de Planeta dos Macacos, Serkis comanda seu terceiro longa, depois do drama Uma Razão Para Viver e o live-action Mogli: Entre dois Mundos. Este último se aproxima mais do espírito de Venom: Tempo de Carnificina, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta, 7. O filme tem quebrado recordes no mercado internacional. Foi a quarta maior abertura de todos os tempos na Rússia, e faturou mais de US$ 90 milhões na estreia nos Estados Unidos, US$ 10 milhões acima da abertura do original.

Venom: Tempo de Carnificina

Se Venom surgiu como vilão na edição 252 dos quadrinhos The Amazing Spider-Man, publicada em 1984, na jornada solo cinematográfica está mais para anti-herói. Em Tempo de Carnificina, a relação simbiótica com Eddie Brock atingiu o estágio de bromance. O próprio diretor se disse inspirado pelo clássico Um Estranho Casal (1968), com Jack Lemmon e Walter Matthau. Com o detalhe de que aqui não dividem apenas o apartamento, mas o mesmo corpo. Há humor de sobra na disputa por espaço, talvez até demais para o gosto dos fãs raiz do personagem. Assim como a versão de Mogli, o enredo nunca é sombrio a ponto de amedrontar, nem pueril suficiente para menores de 14 anos. Estar em cima do muro não é bom.

Venom: Tempo de Carnificina

Além dos concisos 97 minutos de duração, há um avanço notável em relação ao primeiro no desenvolvimento do vilão. Mérito de Tom Hardy, que pela primeira vez na carreira assina o crédito da história de um filme. Ele escreve junto com a roteirista Kelly Marcel. Na trama, o jornalista investigativo Eddie Brock se vê reabilitado após desbaratar o insosso vilão Carlton Drake (Riz Ahmed, O Som  do Silêncio), magnata da ciência que se apoderou dos simbiontes, Venom e Riot entre eles. Sua moral está tão em alta que Brock é chamado para uma entrevista exclusiva com o serial killer Cletus Kasady, que está no corredor da morte. O encontro é a ignição para o implacável simbionte Carnificina se manifestar.

Venom: Tempo de Carnificina

Woody Harrelson (Zumbilândia – Atire Duas Vezes) faz miséria como um psicopata tão cruel quanto faceiro, mas acima de tudo romântico. Sua amada é a bizarra Frances Barrison/Shriek (Naomie Harris, 007 – Sem Tempo Para Morrer). A paixão de Brock também está em cena. Com uma peruca esquisita, Anne Weying (Michelle Williams, Todo o Dinheiro do Mundo) participa ativamente da batalha entre o bem e o mal. Um tantinho previsível? Sim. Não há nada de complexo em Tempo de Carnificina, mas é impossível não torcer para que Brock e Venom acertem os ponteiros e assumam que são muito melhores juntos que separados.




Trailer

Ficha Técnica

Título: Venom: Tempo de Carnificina/Venom: Let There Be Carnage
Direção: Andy Serkis
Duração: 97 minutos

País de Produção/Ano: EUA, 2021
Elenco: Tom Hardy, Woody Harrelson, Michelle Williams, Naomie Harris, Stephen Graham, Reid Scott, Peggy Lu
Distribuição: Sony Pictures

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Suzana Uchôa Itiberê

Suzana Uchôa Itiberê

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Cinéfila incorrigível, jornalista de plantão, crítica de cinema (não muito) chatinha e editora caprichosa. Cria do jornal O Estado de S. Paulo, trabalhou nas revistas TVA, Set, Istoé Gente e foi cofundadora da revista Preview. Membro da Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema).