Os Três Mosqueteiros: DArtagnan

É preciso dar nome aos bois da nova safra de mosqueteiros. Romain Duris (Esperando Bojangles) é Aramis, Vincent Cassel (Um Brinde ao Sucesso) é Athos, Pio Marmaï (Finalmente Livres) é Porthos. Quem pleiteia o posto de D’Artagnan é o queridinho François Civil (Encontros). Mais? Louis Garrel (Um Homem Fiel) faz o rei Luís XIII, Eva Green (Os Luminares) é a ardilosa Milady e Vicky Krieps (Corsage) assume como a rainha Ana de Áustria.

Por que a citação de astros e estrelas? Porque o diretor Martin Bourboulon (Eiffel) tem plena consciência de que é preciso um elenco fenomenal para atrair o público para mais uma, entre as dezenas de adaptações do clássico romance de Alexandre Dumas (1802-1870), autor também de O Conde de Monte Cristo.

Atente para o subtítulo. Os Três Mosqueteiros: D’Artganan tem continuação engatilhada e com previsão de estreia para dezembro. Queremos! Fiel ao original, o enredo começa em 1627, com a chegada de D’Artagnan a Paris, determinado a se tornar membro da tropa de elite que cuida da segurança do rei. Os percalços e as coincidências que vão leva-lo até os veteranos mosqueteiros Aramis, Porthos e Athos rendem uma abertura regada de ação e humor farsesco. Mas a França está em perigo.

As maquinações do Cardeal de Richelieu (Eric Ruf) e sua comparsa Milady podem derrubar o trono e colocar o país em guerra. Calma que ainda há tempo para o pudico romance entre D’Artgnan e Constance (Lyna Khoudri, Papicha), a arrumadeira da rainha. Filmada em locações na Normandia, Bretanha e Altos da França, a luxuosa produção custou ao redor de 70 milhões de Euros, e levou mais de um milhão de pessoas aos cinemas franceses na semana de estreia.

Com estilosos movimentos de câmera, o cineasta moderniza o gênero capa e espada em eletrizantes cenas de ação pela lamacenta Cidade Luz. Os roteiristas Matthieu Delaporte e Alexandre de la Patellière, do ótimo Qual é o Nome do Bebê (2012), mantêm o pé no acelerador e dão estofo histórico à trama ao explorar o jogo de poder entre católicos e protestantes que ameaça a monarquia. Mas a cereja do bolo é mesmo a sintonia do elenco, que adere com gosto ao lema dos mosqueteiros: “Um por todos e todos por um”.

Ficha Técnica

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