quinta, 13 de fevereiro de 2025
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Deadpool e Wolverine


Deadpool e Wolverine
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Uma semana nos cinemas e quase US$ 500 milhões na bilheteria. A Marvel, que não anda nada bem das pernas, pode voltar a acelerar graças a Deadpool & Wolverine. Tem celebração também na Disney, dona da Marvel, que comprou a Fox e com ela os direitos do tagarela e desbocado personagem. É o segundo strike do estúdio neste ano, depois de Divertida Mente 2 ultrapassar o US$ 1,5 bilhão na arrecadação mundial. Para aproveitar o que a reunião dos heróis tem de melhor, porém, é bom ter assistido ao primeiro encontro dos personagens em X-Men Origens: Wolverine (2009), às duas aventuras solo de Deadpool (2016 e 2018) e ao dramático Logan (2017), despedida oficial de Hugh Jackman como Wolverine depois de nove filmes.

Deadpool e Wolverine

A experiência fica ainda melhor se tiver acompanhado a saga X-Men e a série Loki, conhecer o multiverso no Universo Cinematográfico Marvel (MCU), estar antenado na vida privada de Ryan Reynolds e Hugh Jackman, ser fã dos quadrinhos e até saber que o nome do presidente da Marvel é Kevin Feige. Porque a graça não está na trama, mas no festival de referências e na constante quebra da quarta parede. Deadpool & Wolverine é o primeiro título do MCU a receber censura para maiores de 18 anos – um exagero. As brincadeiras com a troca de estúdio de Deadpool abre o filme, e ainda rende uma hilária cena inspirada no final de O Planeta dos Macacos original, de 1968, um clássico da Fox.

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As participações especiais de outros heróis também têm arrancado gritos entusiasmados do público. Reynolds e Jackman abraçam a palhaçada e se esbaldam em um “bromance” que usufrui ao máximo da disparidade de personalidade dos protagonistas: um o esculacho boca suja, o outro o dramático invocado. A parceria, na verdade, é tripla. Quem comanda a dupla é Shawn Levy, que dirigiu Reynolds em Free Guy: Assumindo o Controle (2021) e O Projeto Adam (2022). Com Jackman, realizou o sucesso Gigantes de Aço (2011), um daqueles filmes que a garotada revê dezenas de vezes sem cansar. A trinca dá corpo e alma a um enredo capenga, que se sustenta na comicidade do absurdo.

Deadpool e Wolverine

Começa com Deadpool tentando ressuscitar Wolverine em Logan, para então explicar por que chegou até ali. É assim que voltamos a seus dias como o mero civil Wade Wilson. Rejeitado pelos Vingadores, o herói mercenário usa uma peruca sofrível, vende carros usados e amarga o fim do romance com Vanessa (Morena Baccarin). Ele acaba recrutado pelo Sr. Paradoxo (Matthew Macfadyen), agente da Autoridade de Variância Temporal (TVA) que monitora o multiverso, mas descobre que seu mundo corre risco de ser limado. A solução é resgatar Wolverine de uma das outras linhas do tempo e convencê-lo a ajudar a salvar sua realidade.

Deadpool e Wolverine

A vilã é Cassandra Nova, vivida por Emma Corrin, de O Amante de Lady Chatterley e princesa Diana na série The Crown. Irmã gêmea malvada do fundador dos X-Men, o mutante telepático Charles Xavier, ela comanda uma versão do Limbo visto em Loki e vai literalmente invadir a mente dos heróis. O problema é que a megera nem assusta nem cativa. Quem rouba a cena, no fim das contas, é Mary Puppins, a Dogpool. “Interpretada” por Peggy, eleita o cão mais feio do Reino Unido em 2023, ela é a “manifestação animal de Wade Wilson”, nas palavras de Reynolds. Tão linguaruda quanto ele, parece entender direitinho a razão de ser de Deadpool & Wolverine. Pura diversão.




Trailer

Ficha Técnica

Título: Deadpool e Wolverine
Direção: Shawn Levy
Duração: 128 minutos

País de Produção/Ano: EUA, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, 2024
Elenco: Ryan Reynolds, Hugh Jackman, Emma Corrin, Morena Baccarin, Rob Delaney, Leslie Uggams, Matthew Macfadyen
Distribuição: Marvel Studios

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Suzana Uchôa Itiberê

Suzana Uchôa Itiberê

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Cinéfila incorrigível, jornalista de plantão, crítica de cinema (não muito) chatinha e editora caprichosa. Cria do jornal O Estado de S. Paulo, trabalhou nas revistas TVA, Set, Istoé Gente e foi cofundadora da revista Preview. Membro da Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema).

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