Vencedora do Urso de Prata de melhor atriz no Festival de Berlim 2013, Paulina García dá um show neste longa do chileno Sebastián Lelio, que em 2018 dirigiu ele mesmo a refilmagem americana, Gloria Bell, com Julianne Moore. Vale uma sessão dupla, para comparar, mas os dois são muito bons.
Gloria está na meia-idade. É divorciada e os filhos já debandaram. Às vezes bate a solidão, mas não tem tempo ruim pra essa mulher independente, que costuma ir à baladas para mais maduros em Santiago. Em um desses clubes conhece Rodolfo (Sergio Hernández), e o amor floresce logo. Lelio examina como a vida pregressa de cada um interfere no romance, com foco na obsessiva relação de Rodolfo com a ex-mulher e as filhas.
O passado do país, cujas feridas da ditadura de Augusto Pinochet ainda estão abertas, se faz notar no pano de fundo. Mas Gloria não é uma obra política. É um filme inspirador feito por um artista que esbanja intimidade com o universo feminino. São também do diretor Uma Mulher Fantástica, estrelado pela transgênero Daniela Vega e vencedor do Oscar 2018 de melhor filme estrangeiro, e do ousado Desobediência, que traz Rachel Weisz e Rachel McAdams vivendo um amor proibido. Só filmão.
Trailer
Ficha Técnica
TÃtulo: Gloria
Direção: Sebastián Lelio
Duração: 110 minutos
PaÃs de Produção/Ano: Chile/Espanha, 2013
Elenco: Paulina GarcÃa, Sergio Hernández, Diego Fontecilla
Distribuição: Imovision