Em 2018, a nova-iorquina Ruth Bader Ginsburg foi duplamente honrada pelo cinema. O documentário RBG (disponível no iTunes, Vivo Play, Now, Google Play) concorreu ao Oscar2019 na categoria e Suprema apostou no carisma de Felicity Jones (Os Aeronautas) para interpretar a segunda mulher da história a fazer parte da Suprema Corte Americana. Ruth era a juíza mais antiga juíza da Suprema Corte quando faleceu aos 87 anos, neste 18 de setembro, por complicações de um câncer no pâncreas.
A conquista do posto no Olimpo da advocacia não é o foco principal na cinebiografia dirigida por Mimi Leder (A Corrente do Bem), e sim a jornada que a tornou símbolo da luta pelos direitos iguais entre os gêneros. Mulheres eram a exceção da exceção entre os alunos da prestigiada Universidade de Harvard nos anos 50. O marido de Ruth, Marty (Armie Hammer, de Me Chame Pelo Seu Nome), também estudava lá e o casal se ajudava nos cuidados com a filha bebê.
O enredo mostra que o machismo era tão enraigado que as portas dos escritórios de advocacia estavam literalmente fechadas para advogadas. “Minha esposa teria ciúme se eu a contratasse”, foi uma das justificativas de rejeição que ela ouviu. A trama salta para os anos 70 para mostrar como Ruth virou o jogo, mas esse trajeto é feito aos solavancos.
Suprema é cinebiografia “chapa branca”, que tem importância por levar ao mundo a história dessa mulher-coragem que não engoliu o destino que a sociedade machista lhe forjou. Como cinema, porém, é convencional.
Trailer
Ficha Técnica
TÃtulo: Suprema/On the Basis of Sex
Direção: Mimi Leder
Duração: 120 minutos
PaÃs de Produção/Ano: EUA, 2018
Elenco: Felicity Jones, Armie Hammer, Kathy Bates, Justin Theroux
Distribuição: Diamond Films
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