Road movie pelo sertão da Bahia, Sol é o segundo longa de ficção da cineasta Lô Politi, depois de Jonas e do documentário Alvorada – o último em parceria com Anna Muylaert. Esse drama afetuoso traz Rômulo Braga (Carcereiros – O Filme) como o protagonista, Theo, que perdeu a mãe ainda criança, pouco depois da separação dos pais. O pai, Theodoro (Everaldo Pontes), nunca mais procurou o filho e, por 35 anos, ele viveu como órfão.
A história começa quando recebe a visita da filha, Duda (Malu Landim), fruto de um casamento que também se rompeu. A garota tem 10 anos, mora com a mãe em outro país e não o vê há um ano. Quando é avisado de que Theodoro está à beira da morte e precisa da presença de um parente, Theo não tem escolha a não ser deixar Salvador e partir com Duda rumo à cidadela interiorana onde passou a infância.
Sol é uma jornada de reconexão triangular, em que pai, filha e avô precisam fazem emendas e encontrar um ponto de intersecção. Nada é simples e a cineasta emoldura esse processo com uma natureza simbólica em que a sequidão termina nas águas do rio que habita as memórias do protagonista. Bonito demais.
“Sempre me interessei pela forma como homens lidam com seus sentimentos, seus conflitos e como isso se reflete nas relações com as mulheres, filhas, mães”, comenta Lô Politi em entrevista ao OQVER. No papo em vídeo que você confere a seguir, a diretora fala dessa obra singela e autoral, que conversa com o grande público pela delicadeza esperançosa com que ilumina estremecidos laços familiares.
Trailer
Ficha Técnica
TÃtulo: Sol
Direção: Lô Politi
Duração: 100 minutos
PaÃs de Produção/Ano: Brasil, 2021
Elenco: Rômulo Braga, Everaldo Pontes, Malu Landim, Luciana Souza
Distribuição: Paris Filmes
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