A história de Sinfonia de um Homem Comum é real e digna de um thriller de espionagem. O cineasta José Joffily conta em entrevista ao OQVER (Veja vídeo a seguir) que chegou a escrever o roteiro. A urgência de revelar um descalabro histórico, porém, não podia esperar o longo processo de se fazer cinema no Brasil.
Saiu o documentário, que chega aos cinemas após participar dos principais festivais da categoria no Brasil e no mundo. No É Tudo Verdade, recebeu menção honrosa. Escutas clandestinas, ameaças de morte e um sórdido jogo de poder culminaram na demissão do diplomata brasileiro José Maurício Bustani, primeiro diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), entre 1997 e 2002.
A razão? Bustani defendia a adesão do Iraque à Opaq a fim de possibilitar que o órgão, independente e afiliado à ONU, realizasse inspeções de armas no país. A manobra era um entrave para os planos do então presidente George W. Bush, que usava a existência de armas de destruição em massa como justificava para a invasão do Iraque pelos EUA.
O cineasta Joffily ouviu a história do próprio Bustani, seu amigo pessoal e também pianista. “Se minha voz vai ser ouvida, melhor, se não for ouvida, eu não posso fazer mais nada, mas eu pelo menos tentei”, diz Bustani no documentário.
Trailer
Ficha Técnica
TÃtulo: Sinfonia de um Homem Comum
Direção: José Joffily
Duração: 84 minutos
PaÃs de Produção/Ano: Brasil, 2023
Elenco: José MaurÃcio Bustani, Fernando Henrique Cardoso, Janine Bustani, Celso Lafer
Distribuição: Bretz Filmes