O Retorno de Mary Poppins

Diretor de Nine, Caminhos da Floresta e do vencedor de sete Oscar, Chicago, Rob Marshall é o maior expoente do gênero musical na Hollywood atual. É grande a responsabilidade de revisitar o clássico Mary Poppins, que deu a Julie Andrews a estatueta de melhor atriz em 1965.

Pois O Retorno de Mary Poppins não só honra o original como tem frescor próprio. Criada pela escritora australiana Pamela Lyndon Travers, ou P.L. Travers (1899-1996), em 1934, a babá com poderes mágicos habitou as páginas de uma série literária infantil. O filme, no entanto, encanta adulto e crianças.

Os fãs do clássico podem até sentir falta de “Supercalifragilisticoespialidoso”, mas as canções inéditas são lindas e o mergulho no colorido mundo da fantasia é ainda mais inspirado, claro que por conta dos efeitos de última geração.

Nada disso teria valor, porém, sem Emily Blunt para dar vida à pragmática, irônica e eficiente Mary Poppins. A atriz inglesa concorreu ao Oscar pela atuação em Caminhos da Floresta e põe o talento e a bela voz novamente a serviço do cineasta Marshall. Emily foi indicada ao Globo de Ouro de melhor atriz em Musical ou Comédia.

Outro atrativo é não ser uma refilmagem, e sim uma sequência. A trama se passa na Londres dos anos 30, em plena Grande Depressão e 24 anos depois dos eventos do original. A babá desce do céu com seu guarda-chuva falante para socorrer a nova geração da família Banks.

Michael (Ben Wishaw) e seus três filhos sofrem com uma perda pessoal e estão ameaçados de despejo. Já sua irmã Jane (Emily Mortimer) faz campanha pelos direitos trabalhistas e o ajuda bastante na rotina.

Quem abre o filme com um lindo número musical é Jack (Lin-Manuel Miranda), o acendedor de lampiões que será o parceiro de aventuras de Mary Poppins. Há duas participações muito especiais nessa delícia de filme, mas nada de spoilers por aqui.

Ficha Técnica

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