Prepare seu estômago! Esta é a história semiautobiográfica da roteirista e produtora Marti Noxon, das séries Objetos Cortantes, Mad Men e Glee. Agora diretora estreante, ela retrata um grave caso de anorexia. O Mínimo para Viver estreou no Festival de Sundance 2017 e fez alarde pela abordagem corajosamente realista, mas também terna, afetiva, e em alguns momentos até divertida da cineasta.
A inglesa Lily Collins (Regras não se Aplicam) interpreta com garra e sutileza a jovem anoréxica Ellen. Ela mora com o pai sempre ausente, a madrasta Susan (Carrie Preston, da série The Good Wife), que faz o que pode para lidar com a situação, e a meia-irmã adolescente Kelly (Liana Liberato, de O Melhor de Mim). A mãe (Lily Taylor, de A Freira) vive com a nova esposa em outra cidade. É Susan quem propõe a Ellen tentar um novo tratamento na clínica dirigida por um médico (Keanu Reeves) tão experimental quanto austero com os pacientes e suas famílias.
Ellen se arrisca, aceita as regras estranhas do lugar, faz terapia, convive com os outros pacientes, e descobre até uma afinidade especial com Luke (o ótimo Alex Sharp). Íntima do tema, a diretora lança mão de interessantes recursos de linguagem para traçar as fugidias fronteiras entre a cruel privação, a fome de amor, inclusive por si próprios, e a reticência de viver de Ellen e de seus colegas de tratamento. Às vezes, indigestas.
Trailer
Ficha Técnica
TÃtulo: O MÃnimo Para Viver/To The Bone
Direção: Marti Noxon
Duração: 107 minutos
PaÃs de Produção/Ano: EUA, 2017
Elenco: Lily Collins, Liana Liberato, Carrie Preston, Keanu Reeves, Alex Sharp, Lili Taylor, Leslie Bibb, Dana L. Wilson, Ziah Colon, Lindsey McDowell
Distribuição: Netflix