A indicação do polonês Pawel Pawlikowski ao Oscar de melhor direção por Guerra Fria pegou muita gente de surpresa, porque deixou de fora Bradley Cooper, considerado certo entre os cinco finalistas por conta do sucesso de Nasce Uma Estrela.
Vale lembrar, porém, que Pawlikowski levou a Palma de Ouro pela direção em Cannes e não é nenhum estranho à Academia. Em 2015, Ida venceu o Oscar de filme estrangeiro. Guerra Fria também representou a Polônia nessa categoria e ainda disputou a estatueta de fotografia.
É a história de um amor imenso, maior que a vida. Mas, calma, o furor não é daqueles expansivos, com cenas tórridas de sexo e arroubos emocionais. Tem gente que reclamou de uma certa frieza. Que nada. É tão profundo e avassalador que leva ao radical desfecho – sem spoilers!
Zula (Joanna Kulig) e Wiktor (Tomasz Kot) – nomes dos pais do cineasta – se conhecem em um instituto de música na Polônia dos anos 50, ela como aspirante a cantora e ele, um dos diretores e músico renomado. Um roteiro enxuto (são 84 minutos de duração) percorre 15 anos da vida dos amantes.
A sombra da Guerra Fria os acompanha ora unindo, ora separando. Berlim, antiga Iugoslávia e Paris estão entre os pontos de encontro. Com imagens em intenso preto e branco, diálogos econômicos e canções que traduzem a energia de cada período, a produção polonesa é uma valiosa peça de arte.
Trailer
Ficha Técnica
TÃtulo: Guerra Fria/Zimna wojna
Direção: Pawel Pawlikowski
Duração: 84 minutos
PaÃs de Produção/Ano: Polônia/Reino Unido/FRança, 2018
Elenco: Joanna Kulig, Tomasz Kot, Borys Szyc, Agata Kulesza
Distribuição: Califórnia