Greta

Dois socorristas levam uma mulher numa maca para a ambulância. A seu lado vai um homem assustado, que tira a maquiagem dos olhos pelo caminho. A gente sabe pelos médicos que ela se chama Daniela e precisa fazer diálise. Ele é Pedro, enfermeiro do hospital para o qual a amiga é levada. Mas ela é na verdade ele (embora vivida por Denise Weinberg), e está com os dias contados. É dessa e de outras relações de Pedro que trata Greta, livre adaptação da peça Greta Garbo, Quem Diria, Acabou no Irajá, pelo diretor, roteirista e produtor estreante Armando Praça.

Pedro abriga em sua casa Jean (Demick Lopes), um paciente que lhe pede para fugir do hospital e que, ele descobre depois, é acusado de assassinato. A Greta do título é a diva Greta Garbo, inspiração maior desse personagem complexo, interpretado por um destemido Marco Nanini. O cineasta investe em cenas de nudez e sexo homossexual, e assim gategoriza seu filme como obra de nicho. Uma opção que, infelizmente, deve diminuir o público dessa história envolvente sobre um personagem solitário e outsider.

 Greta foi exibido no Festival de Berlim e saiu como grande vencedor do Cine Ceará - levou prêmios de melhor filme, direção e ator. 

Ficha Técnica

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