Quem já viu costuma se referir a eventos surreais da vida real como “isso é tão Black Mirror”. E é bem isso mesmo: a série em formato antologia criada por Charlie Brooker fala das angústias e medos de hoje e do que vem por aí, graças à tecnologia. Cada um dos episódios – ou filmes – tem elenco específico e história independente, mas no conjunto eles oferecem um panorama da nossa sociedade e da natureza humana e propõem dilemas éticos e morais.
Há episódios aterrorizantes, como “Black Museum”, em que uma jovem (Letitia Wright, de Pantera Negra) visita o sombrio museu do título, que tem entre suas atrações almas de criminosos aprisionadas e à disposição dos visitantes. Em “Hated in the Nation”, abelhas-robôs e redes sociais se misturam numa trama de investigação.
Mas alguns dos filmes são tocantes, como “Be Right Back”, sobre uma mulher que usa um serviço que permite manter contato com os mortos, e “San Junipero”, sobre duas garotas que se conhecem numa praia. Também não faltam histórias mais cômicas, mesmo que críticas, como “USS Callister”, passada num universo à la “Star Trek”. O duro é perceber que cada vez mais nossa realidade parece um roteiro de Black Mirror.
Trailer
Ficha Técnica
TÃtulo: Black Mirror
Direção: Vários
Duração: 60 minutos
PaÃs de Produção/Ano: Reino Unido, 2011
Elenco: Vários (muda a todo episódio), incluindo Daniel Kaluuya, Toby Kebbell, Bryce Dallas Howard, Gugu Mbatha-Raw, Rosemarie DeWitt, Domhall Gleeson
Distribuição: Netflix