Com certeza o diretor e roteirista francês Guillaume Pierret assistiu a muitos filmes produzidos por seu conterrâneo Luc Besson, criador das franquias Carga Explosiva e Busca Implacável, estreladas por Jason Statham e Liam Neeson, respectivamente. Carros possantes, perseguições, lutas e tiroteios estão no cardápio de Bala Perdida. A estreia da Netflix não tem nada de pretensiosa, é o que é: entretenimento-pipoca para fãs de ação.
Lino (Alban Lenoir, Meu Anjo) é um mecânico de mão cheia. Vai muito além da tunagem. Seu pequeno Renault Clio tem carcaça e propulsão capazes de romper paredes. A ideia era invadir uma joalheria para sanar as dívidas de seu encrenqueiro irmão de criação, Quentin (Rod Paradot, De Cabeça Erguida). Mas a potência é tamanha que o carro ultrapassa quatro camadas de concreto e sai do outro lado da rua, onde a polícia chega logo. A façanha chama a atenção de Charas (Ramzy Bedia, O Filho Uruguaio), líder da equipe antidrogas, que tira Lino da prisão para “preparar” os carros da polícia.
Esse é o começo, porque uma traição por parte de tiras corruptos provoca uma morte e quem leva a culpa, claro, é Lino. Resultado: ele foge e precisa correr contra o tempo para provar sua inocência, o que significa achar a bala perdida do título. O roteiro é descuidado e previsível, mas esse herói solitário luta muito, é espertíssimo e constrói máquinas de dar inveja ao time de Velozes & Furiosos. Na esperada perseguição final, sua artimanha para escapar de uma barreira policial rende sequências eletrizantes. Já está bom demais para uma produção de baixo orçamento, rodada com câmera digital em menos de 40 dias.
Trailer
Ficha Técnica
TÃtulo: Bala Perdida/Balle Perdue
Direção: Guillaume Pierret
Duração: 92 minutos
PaÃs de Produção/Ano: França, 2020
Elenco: Alban Lenoir, Nicolas Duvauchelle, Ramzy Bedia, Rod Paradot, Pascale Arbillot
Distribuição: Netflix
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