segunda, 15 de setembro de 2025
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Aves de Rapina


Aves de Rapina
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Não deu para o Pistoleiro (Will Smith), para Rick Flag (Joel Kinnaman), para o Capitão Bumerangue (Jai Courtney), para Magia (Cara Delevingne) e nem mesmo para o Coringa (Jared Leto). Em Esquadrão Suicida (2016), só deu Arlequina (Margot Robbie). A amada do vilão sorridente reinou absoluta no filme dos vilões da DC e veio de Margot a ideia de retomar a personagem. Tanto é que ela está atrás das câmeras como produtora de Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa. O resultado é um filme feminino e feminista.

Aves de Rapina

Com roteiro de Christina Hodson (Bumblebee) e direção de Cathy Yan (Dead Pigs), a produção desvenda a fantabulosa emancipação de Arlequina e de um eclético grupo de mulheres. A protagonista conversa diretamente com o público e abre a sessão com uma hilária retrospectiva de sua vida em desenho animado - da criança abandonada, maltratada e rebelde, até a psiquiatra doutorada que se apaixona pelo Coringa, pula em um tanque de ácido, renasce como Arlequina e agora está numa fossa danada com o fim do romance. Sem a chancela do grande chefão do crime de Gotham City, a maluquinha Harley Quinn está desprotegida e por conta própria, com muita gente querendo sua cabeça.

Aves de Rapina

Um deles é o mafioso Roman Sionis, o Máscara Negra (Ewan McGregor), um sádico mais patético que assustador, cujo braço direito é Victor Zsasz (Chris Messina), um psicopata que executa as vítimas do patrão com requintes de crueldade. A narração em off revela os traços da insanidade mental de Arlequina, que monta e remonta a trama como bem entende. Apresenta um novo personagem, depois para a cena e volta ao passado para mostrar como ele foi parar ali. Coisa de louco, literalmente. É assim que conhecemos a policial Renee Montoya (Rosie Perez), a cantora Canário Negro (Jurnee Smollett-Bell), a misteriosa Caçadora (Mary Elizabeth Winstead) e a pequena Cassandra Cain (Ella Jay Basco), uma trombadinha que furta um diamante que vai complicar a vida de todo mundo.

Aves de Rapina

Cada uma dessas figuras femininas vive o seu processo de emancipação, o que invariavelmente inclui muita pancadaria em sequências belamente orquestradas, com giros e rodopios tão sensuais quanto matadores. Tá certo, elas apanham, mas dão surras homéricas em muito brutamonte. Aves de Rapina é movimentado, divertido e novamente serve de palco para Arlequina brilhar. A bela de sorriso aberto e afeita a travessuras pra lá de maldosas é, no fundo, uma sobrevivente, uma anti-heroína trágica que precisa encontrar seu lugar na cidade do justiceiro Batman. Tem carga dramática suficiente para um filme todo seu. Daí não dar para entender por que insistir no mesmo erro de Esquadrão Suicida, que se perdeu no excesso de personagens e histórias paralelas. Como produtora, Margot Robbie preferiu investir na sororidade com a formação de um esquadrão de mulheres. Devia ter confiado no marrete de sua Arlequina. Ela dava conta sozinha.




Trailer

Ficha Técnica

Título: Aves de Rapina (Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa)/Birds of Prey
Direção: Cathy Yan
Duração: 110 minutos

País de Produção/Ano: EUA, 2020
Elenco: Margot Robbie, Rosie Perez, Mary Elizabeth Winstead, Jurnee Smolett-Bell, Ella Jay Basco, Ewan McGregor, Chris Messina
Distribuição: Warner

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Suzana Uchôa Itiberê

Suzana Uchôa Itiberê

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Cinéfila incorrigível, jornalista de plantão, crítica de cinema (não muito) chatinha e editora caprichosa. Cria do jornal O Estado de S. Paulo, trabalhou nas revistas TVA, Set, Istoé Gente e foi cofundadora da revista Preview. Membro da Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema).