sexta, 04 de julho de 2025
Cinema Terror

A Primeira Comunhão


A Primeira Comunhão
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Lendas urbanas são um verdadeiro manancial de histórias e, para a sorte dos amantes do gênero terror, muitas delas têm aquela pegada assustadora. Com isso, é fácil afirmar que A Primeira Comunhão não será a última produção a que o espectador poderá assistir, baseada em crendices do imaginário popular. Agora, se ela tem potencial ou não para deixar você ligado na história, comungando com tudo que vai sendo apresentado, vai depender do tamanho de sua fé no medo.

A Primeira Comunhão

Durante os anos 1980, Sara (Carla Campra), como muitos jovens, sonha com a possibilidade de uma vida melhor e, de preferência, longe dos pais. Ela mora no interior da Espanha, sua família passa por dificuldades financeiras, os adolescentes locais a ignoram, e sua melhor amiga, Rebecca (Aina Quiñones), é mal vista por todos, inclusive, seus pais. Ao voltar de carona de uma balada, Sara se assusta com uma menina vestida para a primeira comunhão na estrada, mas ela desaparece e eles encontram apenas uma boneca. Sem acreditar na história, sua amiga conta pra ela sobre a maldição que envolve essa menina. Quando coisas sinistras começam a acontecer, Sara resolve descobrir o que aconteceu no passado.

A Primeira Comunhão
É o terceiro longa de terror do espanhol Victor Garcia, que assina também filmes e minissérie para a TV. Não por acaso, notam-se referências a clássicos como o distante A Profecia (1976) e, mais recente, O Chamado (2002). O filme reserva sustos, mas sem muita inovação. A exceção vai para uma impactante sequência inicial e uma outra alusiva ao universo hitchcockiano. Com efeitos especiais modestos, não espere nada de espetacular. Isso fica evidente em alguns momentos, mas em outros funcionam bem. Em um deles, dentro de um poço, contém até uma certa poesia mórbida. O elenco (desconhecido) é coeso e a reconstituição de época é cuidadosa. Uma curiosidade vai para o rápido destaque da máquina de pinball Haunted House (Gottlieb, 1982), que se acende dentro de um fliperama.

A Primeira Comunhão
Assim, tendo como pano de fundo essa misteriosa maldição, o roteiro bem conduzido de La Niña de la Comunión (no original) leva você para uma investigação. Temas como a crise financeira espanhola, violência familiar, bullying, sexo e drogas na juventude aparecem, mas de forma superficial. Oportunismo ou não, os personagens masculinos são fracos e a força está no feminino, nesta trama movida a empatia de uma jovem pela mãe de uma menina desaparecida durante sua primeira comunhão. Para quem gosta de finais intrigantes, que fazem a gente pensar, antes da subida dos créditos você vai descobrir que... Ops! Mais não escrevo e nem adianta excomungar.




Trailer

Ficha Técnica

Título: A Primeira Comunhão / La Niña de la Comunión
Direção: Víctor Garcia
Duração: 98 minutos

País de Produção/Ano: Espanha, 2022
Elenco: Carla Campra, Aina Quiñones, Marc Soler, Carlos Oviedo, Olimpia Roch
Distribuição: Paris Filmes

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Roberto Cunha

Roberto Cunha

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Louco por filmes e séries. No caldeirão profissional, trabalhou na Rede Globo, Jornal do Brasil, Rádio Transamérica e Telecine. Foi editor-chefe do AdoroCinema, editor-executivo da revista Preview e membro do Super-Júri JB (Revista Programa). Produziu, escreveu e apresentou o Drops de Cinema na Rádio Cidade e na StereoZero (webradio), ambas do Grupo JB FM, do Rio de Janeiro.