A Menina e o Leão

Essa não é só a história da amizade entre uma garota e um leão. É a realização de um projeto considerado impossível: criar um elo real entre a atriz e o animal. Não há nada de computação gráfica. A sul-africana Daniah de Villiers viveu pra valer a experiência de sua personagem durante três anos, até o instinto selvagem do predador aflorar e impedir o contato físico.

O encanto de A Menina e o Leão está em vê-los crescer juntos e não há quem não se comova com a troca de carinho. A trama ainda ganha relevância pela mensagem de preservação, já que a questão da caça legalizada é um dos focos do enredo. Tudo começa quando Mia, de 10 anos, muda-se da Inglaterra para a África do Sul com os pais (Mélanie Laurent e Langley Kirkwood) e o irmão (Ryan Mac Lennan), onde a família vai investir em uma fazenda de leões.

A protagonista não está nada feliz em deixar os amigos em Londres e viver no meio da savana. Nem o nascimento de um raríssimo leão branco acalma a ferinha pré-adolescente. Aos poucos, porém, o fofíssimo Charlie (o nome real do bichano é Thor) ganha o coração da garota, que o cria dentro de casa.

O diretor Gilles de Maistre coloca o conflito familiar em primeiro plano, pois Mia se recusa a enjaular seu pet, depois que ele cresce. A aventura fica para a segunda etapa, quando ela descobre o destino de alguns leões e cai na estrada para proteger Charlie. O vilão é um tipão caricato e a narrativa não escapa do previsível. Como filme, A Menina e o Leão não escapa do convencional, mas que o leão é irresistível, isso é.

Ficha Técnica

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