É preciso embarcar nas invencionices de A Caverna, mas esse misto de aventura e ficção científica é ao menos criativo. Quem assistiu a Linha do Tempo (2003), adaptação do romance de Michael Crichton (Jurassic Park), vai encontrar semelhanças na trama dos arqueólogos que viajam no tempo. Começa com um professor de arqueologia (Andrew Wilson) no local onde uma van foi abandonada por um casal de hippies que sumiu na década de 1970. Ele entra em uma caverna e se depara com a imagem estática de um caubói no que parece ser um portal.
Claro que o personagem também desaparece. A seu resgate saem dois alunos, acompanhados de uma amiga e dois adolescentes. O que eles descobrem em um diário abandonado na van é que a lenda de uma fonte da juventude por ali motivou a aventura dos hippies. Há ainda uma revelação sobre as razões do professor ser obcecado por descobrir o paradeiro deles.
Obviamente, a trupe também atravessa o portal. Curiosamente, eles não saem em outro lugar. Continuam na caverna, mas em uma fenda temporal com muitas esquisitices e a presença de perigosos estranhos. Os diretores Mark Dennis e Ben Foster fazem bom uso de traquinagens tecnológicas, como as imagens captadas por celulares e câmeras digitais que comprovam que o tempo corre diferente lá dentro.
Não peça personagens complexos e muito menos grandes atuações. A Caverna tem o mérito de prender a atenção com sua trama enigmática. A armadilha desse tipo de ficção científica é exagerar no inusitado e depois não saber o que fazer com ele. Os dias e as noites se alternam em uma velocidade anormal na caverna. É instigante e até que o desfecho proposto pelos cineastas deixa poucas pontas soltas.
Trailer
Ficha Técnica
TÃtulo: A Caverna/Time Trap
Direção: Mark Dennis, Ben Foster
Duração: 87 minutos
PaÃs de Produção/Ano: EUA, 2017
Elenco: Reiley McClendon, Cassidy Gifford, Brianne Howey, Andrew Wilson, Max Wright
Distribuição: Netflix