Além do sucesso instantâneo, que elevou a espirituosa Joey King, o meigo bonitão – e australiano – Jacob Elordi e o simpático Joel Courtney à categoria de jovens celebridades, consta que de cada três espectadores de A Barraca do Beijo, lançado em 2018, pelo menos um deles voltava ao filme para vê-lo uma segunda vez.
Inevitável, A Barraca do Beijo 2 estreia na Netflix destinado a repetir o êxito, e com a terceira parte já filmada e anunciada para 2021. Ainda que não mantenha o frescor e a coesão do original, a química graciosa do elenco e um desfecho especialmente terno fazem valer a pena. Isso sem contar o badalado romance que Joey King e Jacob Elordi tiveram na vida real.
De qualquer forma, é no mínimo curioso conferir a façanha da jovem escritora britânica Beth Reekles. Aos 15 anos, ela conseguiu escrever um best-seller tão afeito ao subgênero dos populares romances de colegial, típicos de Hollywood, que ganhou o mundo. E não parou por aí.
Comédia Romântica
A Barraca do Beijo/The Kissing Booth
Beth Reekles seria uma jovem comum de 25 anos, física empregada numa empresa de energia no sul do País de Gales, se não fosse a autora do romance A Barraca do Beijo, que começou a escrever aos 15 anos. O livro chegou às prateleiras em 2012, depois de alcançar 20 milhões de acessos na plataforma Wattpad. A Netflix não perdeu tempo e produziu a adaptação. Mesmo quem não conhece o livro se encanta com a história de um triângulo amoroso diferente e as sacadas espertas da protagonista, Elle (Joey King, indicada ao Globo de Ouro este ano com a série The Act).
Elle é órfã de mãe desde a infância, mas a amizade com Lee (Joel Courtney, Super 8) preencheu seu coração. Inseparáveis, nascidos no mesmo dia, os dois são irredutíveis quando se trata de respeitar as regras que criaram para a sua amizade. A mãe (Molly Ringwald, Clube dos Cinco) de Lee era a melhor amiga da mãe de Elle, e a luxuosa casa deles é uma extensão da casa da garota. A dupla está na mesma classe do segundo ano colegial, mas as lições de casa sempre perdem para o videogame ou a máquina de dança.
Até que os dois precisam descolar uma atividade para a feira beneficente do colégio, e decidem montar uma barraca do beijo. Para evitar o fiasco total da empreitada, eles imploram a presença de Noah (o australiano Jacob Elordi, a série Euphoria), irmão mais velho de Lee, o atleta bonitão e mais cobiçado da escola. Elle coloca no páreo o seu primeiro beijo – já que todos os seus dates, estranhamente, nunca dão certo.
A barraca é um sucesso, Lee sai da noitada com uma namorada, Rachel (Meganne Young), e Elle descobre que seu crush por Noah é correspondido. O problema é que namorar escondido o irmão do melhor amigo é terminantemente proibido pela lista de regras. Assim, A Barraca do Beijo aposta no dilema entre o amor e a amizade, e acerta no final feliz em aberto, gancho para a continuação, é claro. Rodado na Cidade do Cabo, na África do Sul e em Hollywood, a produção extrai de seu simpático elenco o vigor de um passatempo despretensioso, mas saboroso.
Trailer
Ficha Técnica
Título: A Barraca do Beijo/The Kissing Booth
Direção: Vince Marcello
Duração: 105 minutos
País de Produção/Ano: Reino Unido/EUA, 2018
Elenco: Joey King, Jacob Elordi, Joel Courtney, Joshua Daniel Eady, Meganne Young, Stephen Jennings, Molly Ringwald
Distribuição: Netflix
Comédia Romântica
A Barraca do Beijo 2/The Kissing Booth 2
Embora a jovem autora britânica Beth Reekles tenha dito em entrevistas no Brasil, na Bienal do Livro de 2018, que ainda estava incerta sobre a sequência da história de Elle e os irmãos Noah e Lee, A Barraca do Beijo 2 chegou às livrarias em janeiro de 2020. Como em time que está ganhando não se mexe, a adaptação acaba de estrear na Netflix, repetindo a mesma fórmula com novos desdobramentos.
A Barraca do Beijo 2 foi rodado novamente na Cidade do Cabo, África do Sul e Hollywood, mas também em Boston, já que Noah (Jacobi Elordi) está estudando na Universidade de Harvard. O diretor e roteirista Vince Marcello comanda novamente a produção zelando pela qualidade da fotografia, direção de arte e locações, mas se perde no ritmo e na condução dos muitos fios abertos pela narrativa.
No terceiro ano do colegial, Elle (Joey King) se divide entre o difícil namoro à distância com Noah e as preocupações de escolher e bancar uma universidade para estudar. Dessa vez é Lee (Joel Courtney) quem está espremido entre a amizade de Elle e o namoro com Rachel (Meganne Young). Tudo fica ainda mais complicado quando o novo bonitão da escola, Marco (Taylor Zakhar Perez), aceita ser parceiro de Elle num concurso de dança, que pode dar a ela a grana da faculdade e um crush inesperado. Enquanto isso, Noah parece ficar cada vez mais íntimo de sua nova colega, a inglesa Chloe (Maisie Richardson-Sellers).
Apesar das mais de duas horas de duração, essas variações sobre o mesmo tema ganham tratamento superficial, sem contar as apelativas inserções de sequências ou personagens politicamente corretos. Além disso, o elenco, embora vibrante, está envelhecido demais para filme de colegial. Ainda assim, A Barraca do Beijo 2 acerta no desfecho, e a carta que Elle escreve para se candidatar às universidades compensa os (muitos) tropeços do filme.
Trailer
Ficha Técnica
Título: A Barraca do Beijo 2/The Kissing Booth 2
Direção: Vince Marcello
Duração: 134 minutos
País de Produção/Ano: Reino Unido/EUA, 2020
Elenco: Joey King, Jacob Elordi, Joel Courtney, Meganne Young, Taylor Zakhar Perez, Maisie Richardson-Sellers, Judd Krok, Stephen Jennings, Molly Ringwald
Distribuição: Netflix
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