Shazam!

Demorou, mas a DC finalmente encontrou seu alívio cômico, com um herói adolescente em corpo de adulto. Shazam! é tudo de bom, cinema-pipoca para todas as idades. Desde 2002, a Marvel lucra rios com seu herói juvenil Homem-Aranha. Já o universo cinematográfico da DC, encabeçado por Batman e Superman, sempre teve uma pegada mais dark, que afugentava o público infantil. Agora que o fanfarrão Aquaman estourou na bilheteria, com mais de US$ 1140 bilhão no mundo, o humor deve ganhar carta branca nas adaptações dos quadrinhos da DC.

Como filme de origem que é, Shazam! começa do zero, com a história de Billy Batson, o garotinho que se torna órfão em uma cena dramática, e cresce com uma longa lista de fugas de famílias adotivas. Aos 14 anos e cada vez mais rebelde, ele ganha a pele de Asher Angel (da série Andi Mack). Pois um dia vai parar em um lugar misterioso, onde se depara com um ancião sentado em um trono de pedra. O velho (Djimon Hounsou) se apresenta como Shazam, um mago que havia lutado contra as forças do mal e que agora busca um sucessor digno. Shazam é também a palavra mágica que transforma Billy no adulto e bombado super-herói (Zachary Levi, da série Chuck).

Um pivete no corpo de homem, e com superpoderes? É zoeira total. Entre uma boa ação e outra, Shazam apronta mil e uma ao tirar vantagem da situação e, principalmente, ao testar suas habilidades. O parceiro de travessuras é o melhor amigo, Freddy. Interpretado pelo carismático Jack Dylan Grazer (It - A Coisa), o personagem rouba quase todas as cenas. O vilão é o Dr. Silvana (Mark Strong), que, assim como Billy, tem traumas de infância.

Conhecido por Annabelle 2 - A Criação do Mal e Quando as Luzes se Apagam, o diretor David F. Sandberg faz um filme para a família e sobre a família – seja ela de sangue ou não. Billy é ainda mais inocente que Peter Parker. Não há nem espaço para romance, é tudo uma grande brincadeira. A garotada vai adorar, e os fãs nerds dos quadrinhos (lançados nos anos 1930) não têm muito do que reclamar.

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