A Família Addams

A garotada que se divertiu com as duas versões live-action da década de 90 – estreladas por Anjelica Huston e Raul Julia – está adulta e terá a sua dose de nostalgia com A Família Addams. Mas a nova roupagem animada mira os pequenos do século 21, inclusive quem nunca ouviu falar do sinistro e emblemático clã.

Os diretores Conrad Vernon e Greg Tiernan (do escrachado e proibido para menores, Festa da Salsicha) querem claramente apresentar os personagens, tanto que abrem com o casamento de Mortícia e Gomez e a busca por um lar. A história funciona como episódio piloto do que pode se tornar uma série cinematográfica. Verdade que a corrida temporal acelera demais para mostrar o nascimento de Vandinha e Feioso. Tropeço é literalmente atropelado antes de assumir como mordomo e Tio Chico e vovó Adams também dão as caras sem muitas explicações.

A mensagem positiva é pouco original, mas pertinente, centrada na dificuldade dos excêntricos Addams serem aceitos pela vizinhança. A produção buscou inspiração nos traços dos quadrinhos originais, lançados por Charles Addams na década de 1930. Sutilmente modernizado, o estilo gótico ganha padrão de cores fortes – bonito de ver. A trilha sonora pop também ajuda, com Chrstina Aguilera soltando a voz em "Haunted Heart".

As versões nacionais são dubladas, mas o original tem um elenco estrelado, com Charlize Theron e Oscar Isaac à frente como Mortícia e Gomez, além de nomes como Chloë Grace Moretz, Finn Wolfhard, Bette Midler e Snoop Dog. Não é extraordinário, mas dá para divertir.

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