Vox Lux: O Preço da Fama

Vox Lux começa na potência máxima. Um aluno promove um massacre na escola. A adolescente Celeste (Raffey Cassidy) sobrevive e, no funeral dos colegas, canta uma canção que cai na mídia e sela seu destino: pop star. Seus braços fortes são o empresário (Jude Law, Contágio) e a irmã mais velha (Stacy Martin).

É o segundo longa do roteirista e diretor Brady Corbet, que concorreu ao Leão de Ouro no Festival de Veneza por esse mergulho nos desregrados – para dizer o mínimo – bastidores do showbiz. Natalie Portman interpreta Celeste na fase adulta, e se esbalda no estilo diva. Seu séquito agora inclui uma filha adolescente (interpretada pela mesma Raffey Cassidy), e é sobre essa truncada relação que o cineasta se debruça.

Não há julgamento moral de tudo de errado que acontece atrás do palco. Também faltam grandes acontecimentos, porque a rotina da cantora já é conturbada por si só. Vox Lux é intimista e tem momentos comoventes, embora o enredo não vá muito além de justificar o “preço da fama” do subtítulo.

Seria apenas regular, não fosse pela presença sempre grandiosa de Natalie Portman, também produtora, que escalou o marido e renomado coreógrafo Benjamin Millepied para criar as performances de Celeste no palco. E vale outra nota: a ótima trilha sonora é assinada por Scott Walker, que morreu aos 76 anos na época da estreia da produção no Brasil, 22 de março.

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