Em Guerra com o Vovô

Sabemos bem que Robert De Niro não é só o astro vencedor de dois Oscar, pelas atuações nos dramas Touro Indomável e O Poderoso Chefão 2 – neste último como coadjuvante. Porque também conhecemos o De Niro comediante de filmes como Última Viagem a Vegas e da franquia Entrando Numa Fria. É seu tino humorístico que transforma Em Guerra com o Vovô em um daqueles programas para todas as idades, que aborda com leveza temas como luto, envelhecimento e inversões de papéis entre pais e filhos. Mas o foco aqui é a relação entre avô e neto.

Depois da morte da esposa e de se meter em algumas encrencas caseiras, Ed (De Niro) recebe um ultimato da filha, Sally (Uma Thurman, Terapia do Amor): ou vai morar com ela, o marido (Rob Riggle) e os três filhos, ou vai para um asilo. Construtor de sucesso agora aposentado, ele topa ficar na casa dela, em uma manobra que revolta o neto Peter (Oakes Fegley, O Pintassilgo), forçado a deixar seu quarto e a dormir no sótão. A trama é muito simples. O garoto envia por escrito uma declaração de guerra ao avô, que entra na brincadeira sem imaginar as mirabolantes estratégias do “inimigo” para ter seu quarto de volta.

O diretor Tim Hill é o mesmo do sucesso Alvin e os Esquilos e de Hop: Rebelde Sem Páscoa, e se baseia no livro homônimo The War With Grandpa, escrito por Robert Kimmel Smith. O cineasta maneja o humor pastelão com bom gosto e criatividade, e faz uma mescla equilibrada da bagunça com cenas de ternura. É uma graça quando Peter, depois de deixar uma armadilha para Ed e ser repreendido, dizer com doçura (e de coração) “vovô, te amo”. É nesse ritmo de brincadeira que a trama se desenrola, e ganha agilidade quando se formam dois pequenos exércitos.

Sim, pois Peter escala três amigos para o confronto. Já o esquadrão do vovô é de veteranos e reúne ninguém menos que Christopher Walken (O Franco Atirador), Cheec Marin (Machete) e a linda Jane Seymour (Em Algum Lugar no Passado). A batalha em um rinque de camas elásticas é hilária. Ninguém se leva a sério, todos se divertem à beça e o espectador entra fácil na dança. Em Guerra com o Vovô é daquelas bobagens que entretém e só. Nada de mal nisso.  

Ficha Técnica

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