As Trapaceiras

A nova onda em Hollywood: remakes femininos. Depois de Caça-Fantasmas (2016) e Oito Mulheres e Um Segredo (2018), As Trapaceiras entra para essa lista de comédias que são tão divertidas quanto esquecíveis. Vale a pena? Claro! Filme-pipoca faz bem pra saúde, oras...

A primeira versão dessa história é de 1964, Dois Farristas Irresistíveis, com ninguém menos que Marlon Brando e David Niven como dois conquistadores, um bronco e o outro refinado, que aplicam golpes em mulheres ricas e carentes. Em 1988, Steve Martin e Michael Caine assumiram o posto de picaretas na refilmagem Os Safados. Nesta nova roupagem, Rebel Wilson (da franquia A Escolha Perfeita) e Anne Hathaway (Os Miseráveis) atacam de trapaceiras – não é preciso contar quem é a escrachada e a elegante da dupla, certo?

A trama é basicamente a mesma, também ambientada em um recanto luxuoso da Riviera Francesa. A disputa de território é simples: fica na região quem arrancar uma grana de um jovem milionário da informática (Alex Sharp). O humor físico já era o forte de Steve Martin no filme anterior, mas aqui Rebel Wilson dá um passo além do pastelão e apela para piadas mais grosseiras e politicamente incorretas. É seu estilo, goste ou não.

Anne Hathaway, que integrou o time das falsárias de Oito Mulheres e Um Segredo, não faz esforço para parecer sofisticada e ainda capricha no sotaque britânico. Só tem dificuldade de segurar o riso diante das peripécias da parceira em cena. Há sintonia de sobra e mesmo quem já conhece o final deve dar boas risadas com o que elas aprontam até lá.

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