Uncharted - Fora do Mapa

Não há hoje em Hollywood um jovem astro tão poderoso quanto Tom Holland - Tom Cruise domina entre os veteranos. Quando se fala em números, o ator inglês de 26 anos foi fundamental para salvar as salas de cinema nessa pandemia. A sequência Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa alcançou a marca de US$ 1,85 bilhão mundialmente. A cifra ultrapassou a bilheteria original do clássico Titanic, que bateu os US$ $1,84 bilhão em 1997. Só no Brasil, a nova aventura do aracnídeo levou 17 milhões de espectadores aos cinemas. 

Com o carisma nas alturas, Holland é a força de atração de Uncharted – Fora do Mapa, cujo lançamento na esteira do blockbuster da Marvel não poderia ter sido em melhor timing. O público compareceu, a produção fez US$ 400 milhões no mundo e chega forte ao streaming da HBO Max. É tão bom assim? Bem... sim e não. Dirigida por Rubem Fleischer, a adaptação da série de videogames Uncharted é entretenimento família, uma aventura de caça ao tesouro à moda antiga. O problema é que o roteiro é um enfado previsível do início ao fim. Ainda assim, o saldo é positivo.

Para os fãs do game, há todo o fascínio de ver os personagens fora do console. Já o público comum vai conhecer a origem do herói, Nathan “Nate” Drake (Holland). Orfão de pais e abandonado pelo irmão mais velho, Nate é apaixonado por História, se vira como bartender e completa o orçamento com furtos. Um dia é recrutado pelo caçador de tesouros Victor “Sully” Sullivan, interpretado por um Mark Wahlberg à vontade. A chance de descobrir a verdade sobre o sumiço do irmão e de botar as mãos em uma fortuna perdida há 500 anos coloca os novos parceiros em uma aventura itinerante por lugares exóticos. Às tantas, Nate e Sully contam com a colaboração de Chloe Frazer (Sophia Ali), também atrás do tesouro.

Claro que ninguém confia em ninguém. Antonio Banderas dá o ar da graça como o vilão Moncada, que acredita ser o herdeiro legítimo do ouro. A canastrice é geral, mas não se espera nada muito diferente de um filme do gênero. Diretor de Venon e das duas partes de Zumbilândia, Ruben Fleischer continua a apostar no humor e na dinâmica das provocações constantes entre os personagens. As cenas de ação, principalmente a de abertura, são espetaculares. Mas a verdade é que Uncharted não é memorável como filme. O que vai ficar para a história é o star power de Tom Holland. O atual Homem-Aranha não apenas lança teias como tem o toque de Midas.

Ficha Técnica

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