Um Amor, Mil Casamentos

Há pelo menos um filme de casamento incomparável no cinema britânico, a premiada comédia romântica Quatro Casamentos e um Funeral, que catapultou a carreira de Hugh Grant em 1994. Só por isso, já seria temerário adentrar essa seara dominada por tamanho sucesso, mas os produtores de Um Amor, Mil Casamentos foram ainda mais longe. Decidiram refilmar uma comédia francesa, a praticamente obscura Plan de Table (Mapa da Mesa), de 2012. Não contentes, deram a direção a um estreante, Dean Craig, também autor do roteiro.

Coprodução entre Inglaterra e Itália, onde se passa a história, o amor do título é o que está para se concretizar entre o hesitante Jack (Sam Claflin, As Panteras) e a jornalista americana Dina (Olivia Munn, da série The Newsroom). A noiva da vez é Hayley (Eleanor Tomlinson, Colette), irmã de Jack e amiga de Dina, mas o casamento com um italiano corre o risco de se tornar um funeral com a chegada de Marc (Jack Farthing, Segredos Oficiais), penetra doidão e pronto a revelar um segredo indigesto sobre a noiva. 

Na tentativa de evitar o desastre, Hayley pede a Jack para colocar um poderoso sonífero no copo de Marc, que vai se sentar na mesa reservada para os convidados da noiva. Mas e se o destino decide se divertir, trocar aleatoriamente os papeis que marcam o lugar de cada um e o sonífero nocautear a pessoa errada? É com essa premissa que o filme pretende brincar, naquele tradicional jogo narrativo do ‘e se?’.

Duas coisas salvam-se em Um Amor, Mil Casamentos. Esse argumento inusitado com vocação de vaudeville, bem ao gosto dos franceses, e a atuação genuinamente engraçada do Joel Fry (Yesterday) como um aspirante a ator. Todo o resto é comprometido pelo roteiro inconsistente e a direção flácida de Dean Craig, ao ponto de deixar o elenco constrangido. Tanto que Sam Claflin, o adorado Will Traynor de Como Eu Era Antes de Você, vai precisar de uma nova chance para provar seu talento para comédia.  

Ficha Técnica

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