Power

Os diretores Henry Joost e Ariel Schulman formam a mesma dupla por trás do thriller juvenil Nerve, sobre um perigoso jogo “verdade ou desafio” on-line. Em Power eles bebem na fonte dos super-heróis com uma trama mirabolante, e escalam um elenco top para compensar as muitas imperfeições da produção. Nosso Rodrigo Santoro (O Tradutor) é quem aparece primeiro, como o obscuro comerciante de uma pílula que dá poderes sobrenaturais a quem tomar. Com dois detalhes: o efeito dura cinco minutos e há o risco de o incauto explodir na primeira dose.

Ninguém sabe qual habilidade o próprio corpo vai apresentar, então prepare-se para uma galeria completa: força, velocidade, invisibilidade, à prova de bala, autocombustão e por aí vai. A venda obviamente é ilícita e o tráfico rola solto pelas ruas de uma Nova Orleans ainda abatida pela passagem do furacão Katrina.

Joseph Gordon-Levitt (7500) faz o policial que usa a pílula secretamente no combate ao crime e sua missão é capturar o personagem de Jamie Foxx (Luta por Justiça), que acredita ser o fornecedor. Está enganado, porque seu alvo tem motivações pessoais para desbaratar o laboratório que tem usado pessoas como cobaias em testes. Uma jovem traficante e aspirante a rapper (Dominique Fishback) vai se meter entre eles na aventura.

Tudo isso é mero pretexto para cenas de ação. Algumas muito boas, bem verdade, como a perseguição ao ladrão invisível e o confronto com o homem-tocha. Mas o roteiro é capenga e o personagens rasos de dar dó. Os cineastas não arriscam, não inovam e não escapam do genérico. Power diverte, um pouco, e só.

Ficha Técnica

Assista Agora!