O Rei do Show

Foram 7 anos de pré-produção e 33 desde que um grande estúdio não apostava em um musical original, neste caso, a Fox. Quando tudo começou, o roteiro do veterano Bill Condon (Chicago, e diretor de A Bela e a Fera) e de Jenny Bicks (Rio 2, a série Sex and the City) era ponto positivo. A direção de um estreante, Michael Gracey, nem tanto, tampouco uma dupla de novatos à frente das canções, Benj Pasek e Justin Paul. Ter como protagonistas Hugh Jackman e o ídolo juvenil Zac Efron, experientes em musicais, certamente equilibrava a balança.

Talvez o Oscar de melhor canção para Pasek e Paul, por La La Land (2016), no início de 2017, já anunciasse um bom futuro para O Rei do Show, que se tornou um musical bem-sucedido em bilheterias, permanecendo em cartaz por semanas a fio não apenas nos cinemas da América, Europa, mas também aqui no Brasil. A dupla foi indicada novamente ao Oscar pela canção original “This is Me”, que lhes deu o Globo de Ouro. O filme conquistou ainda o Grammy de Trilha Sonora para Mídia Visual, e arrasou, com Zac Efron e Zendaya (Homem-Aranha: De Volta ao Lar), no Teen Choice Awards.

Baseado num personagem real, o Rei do Show é o americano P.T. Barnum (Jackman), um dos primeiros empresários do entretenimento na segunda metade do século 19, considerado o pai do circo moderno. A produção romanceia a trajetória profissional e o perfil marqueteiro de Barnum, que se revela um polêmico porta-voz do “sonho americano” e símbolo de tolerância com sua acolhida a artistas de todos os gêneros, origens e estilos, embora nem sempre com a melhor das intenções.

O novato diretor Michael Gracey coloca em ótimo uso o talento musical do conjunto do elenco e entrega um filme bem produzido e agradável, em que as boas canções resultam em belos e vibrantes números musicais, ajudados pela deslumbrante fotografia de Seamus McGarvey (Animais Noturnos), além de exuberantes cenários e figurinos.

Ficha Técnica

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