Monster Hunter

Parceiros de vida e arte, o diretor Paul W.S. Anderson e a esposa e musa, Milla Jovovich, criaram um filão lucrativo: filmes de ação descerebrados e inspirados em videogames. Lançada em 2002, a franquia Resident Evil rendeu seis superproduções e fechou a fábrica em 2016, com O Capítulo Final. A heroína Alice pode ter se aposentado, mas o cineasta aposta na ótima forma de sua estrela, hoje com 45 anos. Pois Milla está de volta ao universo dos games como Artemis, a caçadora de monstros da adaptação do RPG (Role Playing Game) Monster Hunter, da desenvolvedora Capcom.

O maior elogio que se pode fazer a um filme do gênero é ele assumir sua natureza: uma aventura pueril, ancorada em efeitos especiais e defendida com energia por um elenco cheio de gás, mas não necessariamente talentoso. Monster Hunter deixa clara a ambição de ser o marco inicial de uma nova franquia. Milla encarna a Tenente Artemis, líder de um esquadrão de elite que sai ao resgate de um pelotão que sumiu, mas é engolido por uma nuvem de poeira que serve de portal para um mundo paralelo.

Locações da África do Sul e da Namíbia dão forma a um cenário árido, onde eles encontram os restos da equipe desaparecida e logo se deparam com os predadores locais, criaturas ferozes – e nojentas – que dão cabo rapidamente das novas presas. Resta, claro, a heroína, que vai precisar descobrir o ponto fraco dos monstrengos e achar um jeito de voltar para casa. Um caçador nativo (Tony Jaa) desponta como mais um inimigo, mas às tantas o confronto será mesmo entre humanos e monstros. Não há um diálogo que preste, mas Anderson maneja bem principalmente as sequências à luz do dia – os confrontos dentro de cavernas são irritantemente escuros.

Fãs do game não devem ter do que reclamar de Monster Hunter, e para o público brasileiro há um atrativo a mais. Fiquem de olho na participação da atriz Nanda Costa, a Érika da novela Amor de Mãe. É sua estreia no cinema internacional, como uma Habitante do mundo paralelo.

Ficha Técnica

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