Minha Fama de Mau

Nada de dublagem. Chay Suede, Gabriel Leone e Malu Rodrigues cantam pra valer em Minha Fama de Mau, como a trinca Erasmo Carlos, Roberto Carlos e a “Ternurinha” Wanderléa. Inspirada no livro de memórias do “Tremendão” (disponível na Amazon e na Saraiva), a cinebiografia é uma viagem nostálgica pelos áureos anos da Jovem Guarda.

Quem comanda a festa de arromba é Lui Farias (Os Porralokinhas), filho do cineasta Roberto Farias (1932-2018), que realizou a trilogia Roberto Carlos em Ritmo de Aventura (1968), Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa (1968) e Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora (1971). Lui era menino nessa época e estava sempre nos sets. “Erasmo era o cara de quem eu queria ser ‘chapa’”, conta o diretor. “Mais adiante descobri que, depois de um período brigados, Erasmo e Roberto se reaproximaram e reataram a amizade porque meu pai pediu uma música para Em Ritmo Aventura, e Erasmo compôs ‘Eu Sou Terrível’.”

Para Farias, Minha Fama de Mau é uma espécie de “spin-off” involuntário da trilogia Roberto Carlos. O enredo faz um recorte que vai da juventude de Erasmo, na Tijuca, onde conheceu Tim Maia (Vinicius Alexandre) e formou o grupo The Snakes, até o fim da década de 70, quando atingiu o auge do sucesso na Jovem Guarda. Bruno de Luca encarna Carlos Imperial e Bianca Comparato interpreta as várias mulheres que passaram pela vida de Erasmo, inclusive Narinha, a primeira esposa.

O ritmo é de comédia ligeira, mas é impossível segurar as lágrimas quando Gabriel Leone canta “Amigo de Fé” na etapa final. “Faltava um fim! Eu não tinha um FIM!!”, revela Farias. “L.G. Bayão, meu parceiro de roteiro, me apresentou uma ideia que fugia da cronologia. Roberto me avisou que talvez as fãs reclamassem por esse erro cronológico, mas eu disse: ‘Roberto, eu sei que estou errando, mas não posso deixar de contar esse episódio. É uma liberdade poética...’.”

É um momento crucial na relação de Erasmo e Roberto, mas não vamos dar spoilers!

Ficha Técnica

Assista Agora!

Compre Agora!