Meu Nome é Sara

Na Polônia de 1942, Sara Guralnik e seu irmão mais velho são os únicos da família que conseguem fugir do gueto. Aos 13 anos de idade, ela toma a dura decisão de deixar o irmão – que tinha marcantes feições judaicas – e usa a identidade de uma amiga cristã na tentativa de sobreviver. Empregada como babá dos filhos de um casal de fazendeiros em um vilarejo na Ucrânia, Sara vive sob a constante ameaça de ter sua origem revelada.

Esse clima de medo e insegurança impera em Meu Nome é Sara, que marca uma dupla estreia. É o primeiro longa de ficção do cineasta Steven Oritt e o primeiro filme da jovem Zuzanna Surowy. A protagonista tem olhos expressivos e entrega uma atuação firme e sóbria, apesar da dramaticidade da situação. Já o cineasta fica refém de um enredo novelesco cujo maior atrativo é ser inspirado em caso real.

Testemunha da traição da patroa e assustada pelos olhares de cobiça do patrão, Sara ainda tem seu próprio rito de passagem para enfrentar, inclusive a primeira menstruação. Também se vê obrigada a renegar sua religião e fingir ser cristã. Não é pouca coisa para uma adolescente. A ofensiva nazista na região e os ataques de um foco de resistência local ajudam a movimentar a narrativa. Embora convencional, Meu Nome é Sara é uma história de sobrevivência digna, mais um extrato daquele período tenebroso que merece a tela do cinema.

Ficha Técnica

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