Meu Amor por Grace

Nos anos 1920, em meio às belíssimas paisagens do Havaí, existia uma ilha dentro da ilha, para onde os japoneses imigraram em busca de uma nova vida. Acabaram praticamente escravizados nas plantações, mas conseguiram manter sua tradição cultural intacta. Meu Amor por Grace se passa em meio a uma peste, quando a comunidade precisa aceitar os cuidados de um médico “branco”, Doc (Matt Dillon, A Casa que Jack Construiu), para não ser dizimada.

Competente e humano, Doc adota o pequeno órfão Jo (Ryan Potter), rejeitado pelos moradores por ser mestiço. Jo cresce para se tornar um jovem querido por todos, que trabalha como mensageiro e auxiliar de Doc. É ele quem ajuda a atender a bela Grace (Olivia Ritchie, da série Titans), que torceu o tornozelo. Ela é filha do dono das terras, um homem irascível, preconceituoso e, às ocultas, à beira da falência.

Jo e Grace se apaixonam, mas a relação, obviamente proibida, é ameaçada pela chegada do arrogante doutor Reyes (Jim Caviezel, A Paixão de Cristo), contratado pelo latifundiário para tratar da filha e da elite local. Os dois barganham Grace em casamento de olho na fortuna que nenhum deles possui, mas Doc não deixa Jo desistir de lutar por seu amor.  

Não há nada de original na história, é verdade, mas o diretor e roteirista David L. Cunningham (Os Seis Signos da Luz) tinha alguns matizes à disposição para dar novas cores a esse típico drama romântico. Não apenas não os aproveitou, como alinhavou clichês do gênero com displicência narrativa, principalmente na segunda metade. Desperdiçou a oportunidade de explorar melhor as razões e motivações de personagens importantes, e por extensão o potencial de seus intérpretes. É decepcionante que Meu Amor por Grace tenha uma direção tão descuidada, apesar da boa produção, atenta a detalhes, e de ser um filme bonito de se ver.

Ficha Técnica

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