Happy Hour - Verdades e Consequências

Um bandido vestido de Homem-Aranha cai em cima de um carro durante a fuga, e o motorista ganha seus 15 minutos de fama como herói. Seu nome é Horácio (Pablo Echarri), o professor universitário argentino que se mudou para o Rio ao casar com a deputada estadual Vera (Letícia Sabatella). O casal deixa o filho passar uns dias com a avó em Buenos Aires, e planeja aproveitar o tempo a dois. Só que não.

Horácio está atraído por uma aluna fogosa, e vem com um papo de relacionamento aberto. Vera fica com aquela cara de "Oi?" da primeira imagem, mas repensa a proposta quando decide concorrer à prefeitura carioca. A questão: Horácio virou celebridade com a prisão do aranha e terminar a relação agora pode comprometer a campanha.

Essa controversa situação tinha tudo para render um filme instigante sobre desejo, ambição, política e, quem sabe, os amores líquidos do qual tão bem falava Zygmunt Bauman. A abordagem do diretor e corroteirista Eduardo Albergaria, contudo, é descaradamente machista. E o tom não é de crítica, é sexismo mesmo, porque Horácio não estende o direito de sair com outro à esposa.

Vera faz um discurso antimachismo na assembleia, mas vira um fantoche nas mãos do candidato a vice (Marcos Winter) e do marqueteiro (Chico Diaz). Duro de engolir. O maior mistério em relação a Happy Hour, porém, é Letícia Sabatella como protagonista. A personagem é a antítese de tudo o que a atriz defende como engajada e politizada figura pública. Vai entender...

Ficha Técnica

Assista Agora!