Frozen 2

Nem os diretores Chris Buck e Jennifer Lee, nem ninguém imaginava o barulho que Frozen: Uma Aventura Congelante (2013) faria. Crianças de todo o mundo se viram representadas pelas princesas Elsa e Anna, e com suas heroínas cantaram “Let it Go” em altos brados – até a exaustão –, como um libelo de empoderamento. E assim vieram os prêmios e os recordes. Adaptado do clássico conto A Rainha da Neve, de Hans Christian Andersen, Frozen se tornou a animação de maior bilheteria da história, com mais de US$ 1,27 bilhão de ingressos vendidos mundialmente. Ganhou os Oscar de animação e de canção, além do Grammy e outra penca de troféus. Frozen 2 era apenas uma questão de tempo, e seis anos devem ter sido bastante para os fãs. 

A continuação estreou nos Estados Unidos em novembro, já bateu o patamar do US$ 1,23 bilhão e ainda tem muito a computar na bilheteria mundial. É outro estouro, mas não repete o encanto do primeiro. O que há de melhor na trama dirigida pela mesma dupla, Buck e Jennifer, é uma genial e hilária sequência em que o boneco de neve Olaf – dublado com maestria por Fábio Porchat –, faz uma recapitulação do capítulo anterior. O enredo carece de sabor, por mais elucidativa que seja a narrativa voltada ao passado.  

Agora rainha de Arendelle, Elsa é assombrada por um canto misterioso que só ela ouve e, tudo indica, vem da floresta encantada. Desta vez, porém, Anna, Olaf, Kristoff e a rena Sven vão acompanhá-la na aventura, que promete desvendar a morte dos pais e a origem dos seus poderes. Nenhuma das canções da nova trilha vai ficar na cabeça da garotada e há um número romântico com Kristoff que parece um clipe dos anos 80 – uma breguice descarada que destoa do resto. O visual continua um esmero, com cenas lindas de Elsa e seus raios de gelo. 

Ficha Técnica

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