Crime Sem Saída

Detetive da polícia de Nova York, Andre Davis cresceu com sede de justiça após o pai policial ser morto em serviço. Famoso – e polêmico – por meter bala em assassinos de policiais, ele assume o caso de um tiroteio que provoca a morte de inúmeros colegas. Aconteceu assim: uma dupla de jovens ladrões invadiu um restaurante para roubar cocaína, mas não só foi surpreendida pela enorme quantidade da droga como pela chegada inesperada de tiras, já que ninguém pediu socorro.

 Crime Sem Saída tem jeitão de filme policial B, mas a presença de Chadwick Boseman à frente do elenco eleva o padrão. O astro de Pantera Negra também assina como produtor, ao lado de ninguém menos que os irmãos “Marvel” Anthony e Joe Russo, diretores Capitão América 2: O Soldado Invernal, Capitão América: Guerra Civil, Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato. A altivez do rei de Wakanda contamina não só o protagonista, como abrilhanta essa produção mediana e até previsível, que ganha pontos por não inventar moda e seguir a cartilha do gênero.

Também na pele de policiais, Sienna Miller (Sniper Americano) e J.K. Simons (Whiplash) reforçam o time de coadjuvantes, mas são personagens rasos apenas a serviço da ação. Pois são justamente as inúmeras e bem orquestradas sequências de perseguição que seguram a narrativa na primeira metade. A empatia de Davis pelo ladrão interpretado Stephan James (Se a Rua Beale Falasse) é genuína e esse elo de confiança ratifica a segunda etapa, que sai do jogo de gato e rato e entra no clima de thriller investigativo.

O título original de Crime Sem Saída é 21 Bridges, uma referência aos 21 pontos de acesso a Manhattan, em um total de 17 pontes e 4 túneis. O detetive Davis ordena o isolamento da ilha para apertar o cerco aos criminosos e comanda a força-tarefa que ocupa em massa as ruas da cidade. Esse tira acima de qualquer suspeita tem estofo e vigor para continuar na ativa no cinema. 

Ficha Técnica

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