Brinquedo Assassino

Chucky desembarcou no cinema em 1988. Seu criador, o produtor, roteirista e às vezes diretor Don Mancini, cuidou de cada uma das continuações – Brinquedo Assassino 2 e 3 (1990, 1991), A Noiva de Chucky (1998), O Filho de Chucky (2004), A Maldição de Chucky (2013) e O Culto de Chucky (2017). Curiosamente, não se envolveu com a nova versão do original. Sinceramente, não fez diferença e a verdade é que o Brinquedo Assassino do século 21 tem adendos que dão frescor à franquia.

A trama é basicamente a mesma, só o garotinho que ganha alguns anos. O adolescente Andy (Gabriel Bateman) muda-se com a mãe, Karen (Aubrey Plaza), para uma nova cidade. Para animar o filho, em seu aniversário ela o presenteia com um boneco tecnológico. O prólogo mostra que esse específico exemplar teve o chip alterado na linha de montagem, por um funcionário vingativo. Os 30 anos que separam o original da refilmagem renderam um considerável upgrade tecnológico. Chucky agora tem wi-fi e pode controlar desde canais da TV, carros e até drones. Então pode se preparar porque o boneco está atacado.

Sua porção maligna, porém, aflora por questões sentimentais. O novo Chucky sente empatia (!) por Andy. Ajuda-o a fazer novos amigos, assim como ouve atento seus lamentos em relação ao namorado da mãe - esse tá perdido. As matanças, e são inúmeras, claro, são motivadas por um afeto obsessivo. E digamos que o brinquedo não lida bem com a rejeição.

Além das modernizadas habilidades e do instinto protetor do protagonista, Brinquedo Assassino mais diverte que assusta – e esse é o maior acerto do diretor norueguês Lars Klevberg. Da recente leva de remakes de clássicos do gênero, que inclui Cemitério Maldito e Carrie, a Estranha, a nova roupagem do boneco demoníaco é a mais despretensiosa e melhor resolvida. E olha que sacada: quem faz a voz de Chucky é Mark Hamill, o Luke Skywalker de Star Wars.

Ficha Técnica

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