Avatar

Em 4 dias de relançamento nos cinemas, Avatar fez mais de US$ 31 milhões na bilheteria mundial, segundo o site Box Office Mojo. É uma cifra ínfima diante dos US$ 2,8 bilhões arrecadados em 2009, quando se tornou o primeiro filme a ultrapassar a barreira dos US$ 2 bi - e se mantém no trono de maior arrecadação até hoje. Mas a versão remasterizada em 4k é um bem bolado aquecimento para a continuação, Avatar: O Caminho da Água, que estreia no Brasil em 15 de dezembro.

O diretor, roteirista e produtor James Cameron idealizou Avatar em 1995, antes da consagração com os 11 Oscars de Titanic (1997). Foi preciso esperar mais 12 anos de avanços tecnológicos para a nova façanha: um projeto filmado em 3D, lançado em 3D e IMAX 3D, e indicado a 9 Oscars. Perdeu na categoria Melhor Filme para Guerra ao Terror, dirigido por sua ex-mulher, Kathryn Bigelow, e levou apenas 3 troféus técnicos, Fotografia, Design de Produção e Efeitos Visuais. Acima de tudo, foi um divisor de águas para o conceito de captura de movimento.

A ficção científica é ambientada no planeta Pandora, que em 2154 está na mira de uma grande mineradora. Ali vivem os Na'vi, que resistem à presença dos terráqueos. Como o ar é tóxico para humanos, foram criados os avatares, corpos biológicos controlados pela mente que se movimentam livremente em Pandora. Sam Worthington vive Jake Sully, um ex-fuzileiro naval paralítico que volta a andar através de um avatar e se infiltra entre os nativos. Estrela de Cameron em Aliens, o Resgate (1986), Sigourney Weaver é a cientista que procura uma saída pacífica para a ocupação. E Zoe Saldana faz Neytiri, a Na'vi por quem o militar se apaixona e cujo povo decide proteger.

É uma narrativa simples, com mensagem ambientalista e anti-imperialista valorizada pela experiência imersiva e pelos cuidados de um cineasta obsessivo. Assim como J.R.R. Tolkien em O Senhor dos Anéis, Cameron contou com a ajuda de um linguista e desenvolveu um idioma para os Na’vi, baseado na fala dos Maori, da Nova Zelândia. A flora e a fauna de Pandora são inspiradas nos registros que fez em suas inúmeras expedições submarinas.

É justamente pelo fundo do mar que o diretor promete se aventurar na continuação, com a tecnologia desenvolvida nos últimos 13 anos. A sinopse oficial adianta que Avatar: O Caminho da Água “conta a história da família Sully (Jake, Neytiri e seus filhos), o perigo que os persegue, os esforços que fazem para permanecerem seguros, as batalhas que lutam pela sobrevivência e as tragédias que suportam.” E a saga não para por aí. Em diferentes fases de produção, Avatar 3, 4 e 5 têm previsão de lançamento para 2024, 2026 e 2028, respectivamente. 

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