Ameaça Profunda

Depois de uma temporada mais voltada a filmes autorais, de cineastas cultuados como Woody Allen (Café Society) e Olivier Assayas (Acima das Nuves e Personal Shopper), Kristen Stewart engata duas produções tipicamente hollywoodianas: As Panteras e Ameaça Profunda. Embora divertida, a nova aventura das agentes secretas naufragou na bilheteria. A ficção científica repetiu a dose, com o detalhe de já estar submersa.

A ideia de uma instalação submarina 11 quilômetros abaixo do nível mar é instigante. Os módulos são gigantescos, uma espécie de Atlantis de última geração. Esse mundo isolado só tem seis habitantes - ops, humanos. O restante morreu durante um terremoto devastador, quem inundou os compartimentos. A razão do sismo envolve uma fauna nada amigável. Assim como Sigourney Weaver enfrentou um monstrengo horripilante dentro de uma nave espacial no clássico Alien, o Oitavo Passageiro (1979), a protagonista Kristen Stewart precisa lidar com um similar marinho bem feioso.

Vincent Cassel (Gauguin: Viagem ao Taiti) interpreta o capitão da tripulação, porém pouco se sabe das funções de cada sobrevivente e muito menos de suas vidas pessoais. Com a água subindo em alta velocidade, o time precisa atravessar o leito oceânico até uma plataforma onde haveria módulos de escape para a superfície. Como se não bastasse o oxigênio limitado e a escuridão, eles ficam à mercê das famintas criaturas. Esse fiapo de história até podia render uma boa mescla de ação e terror, mas o inexperiente diretor William Eubank tira pouco proveito do inóspito cenário submarino e se contenta com alguns sustos. É pouco.

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