Outer Banks

Outer Banks é um refúgio litorâneo na Carolina do Norte, formado por pequenas vilas, faróis e dunas, coroado por um famoso pôr do sol. Essa privilegiada natureza serve de cenário para a série da Netflix que estreou forte, e tem tudo para ganhar uma segunda temporada. O alvo é a moçada fã de histórias no estilo de Riverdale, mas Outer Banks alcança outros públicos com um caldo temperado com toques de Romeu e Julieta, aventura de caça ao tesouro, drama familiar e thriller policial. É muita coisa, mas segura bem os 10 episódios de 50 minutos cada.

O protagonista e narrador é John B. (Chase Stokes), que há nove meses sofre com o desaparecimento do pai. Ele estava obcecado em desvendar o mistério do navio Royal Merchant, que naufragou durante uma tempestade em 1829, com milhões em barras de ouro a bordo. John B. é um Pogue, como são chamados os pobres que trabalham para manter a rotina de luxo dos Kooks, que habitam cinematográficas mansões.

JJ (Rudy Pankow), Kiara (Madison Bailey) e Pope (Jonathan Daviss) formam com John B. um quarteto inseparável, e juntos vão investigar por conta própria o paradeiro do Royal Merchant. A rixa à la montecchios e capuletos ganha tons shakespearianos quando John B. se apaixona por uma Kook, Sarah (Madelyn Cline). Outra tempestade furiosa abre a trama, com direito a mortes suspeitas e o aparecimento de uma bússola que vai ser um guia para a caça ao tesouro.

Tem mais gente atrás do ouro, e o vilão dá as caras lá pelo quinto episódio. É um personagem até que bem desenvolvido, foge da caricatura e no fundo foi para o lado negro pela mesma cobiça que impulsiona o quarteto central. As cenas de ação “câmera na mão” são ok, as sequências românticas são bobinhas e os dramas familiares não vão além do convencional. Quem dá liga aos erros e acertos da produção é um elenco belo e cativante, que arrasta o público junto na aventura e deixa um gosto de quero mais.

Ficha Técnica

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