Legítimo Rei

O diretor escocês David Mackenzie e o ator Chris Pine (Mulher-Maravilha) retomam a parceria depois de A Qualquer Custo, indicado a quatro Oscar. A produção original da Netflix é baseada em eventos históricos. Legítimo Rei narra a improvável vitória de Robert The Bruce (Pine) sobre o Rei Eduardo II (Billy Howle), da Inglaterra, em 1304, decisiva para a libertação e independência da Escócia.

Para situar e apresentar a trama, os personagens principais e suas relações, o diretor abre o filme com um requintado plano-sequência de nove minutos de duração. Em meio a uma minuciosa reconstituição de época, com direção de arte, figurinos e cenários impactantes, vê-se a submissão dos líderes escoceses ao impiedoso Rei Eduardo I (Stephen Dillane), a silenciosa revolta contra tantas guerras e tão altos impostos, e o especial descontentamento de Robert The Bruce.

Cronologicamente, o filme se passa pouco depois das batalhas do premiado Coração Valente, de Mel Gibson, cujo personagem, William Wallace, está em Legítimo Rei. De linhagem real, após algumas negociações e o casamento com a jovem nobre inglesa Elizabeth Burgh, Robert The Bruce é condecorado por parte da população escocesa como seu rei e encarregado de reunir as várias regiões do país e seus líderes para defender a pátria. É uma jornada ingrata, com fiéis soldados, como James Douglas (Aaron Taylor-Johnson), e traidores inesperados.

Filmado inteiramente na Escócia, respeitando a geografia e as fronteiras do país no século 14, o filme destaca-se ainda pela competente direção de fotografia e as (muitas) sequências de batalhas sangrentas. Há problemas de ritmo na narrativa. E embora o conjunto do elenco entregue performances convincentes, apesar de seu inquestionável carisma, Chris Pine, como seu sotaque escocês, oscila entre o registro do imbatível guerreiro e líder sensível. Aliás, muito se falou do nu frontal do ator, mas Legítimo Rei tem muito mais a oferecer do que os segundos de nudez de Pine.

Ficha Técnica

Assista Agora!