Gracie and Frankie

Uma das criadoras de Friends, Marta Kaufman, em parceria com Howard J. Morris, deram à luz a essa adorável série produzida pela Netflix, aparentemente dirigida para um público sênior, mas com atrativos para os jovens também, graças à premissa bem-humorada, aos roteiros inteligentes e bem estruturados dos capítulos, sem exceção, e ao elenco irrepreensível na difícil arte de fazer rir – às vezes em situações até bem trágicas.

Após quatro temporadas, 52 episódios de cerca de 30 minutos e já com a quinta temporada anunciada para estrear em janeiro de 2019, Grace (Jane Fonda) e Frankie (Lily Tomlin) continuam a se adaptar a um novo recomeço em suas vidas de setentonas, após serem surpreendidas, na primeira temporada, pela notícia de que seus maridos, Robert (Martin Sheen) e Sol (Sam Waterston), respectivamente, além de sócios na firma de advocacia em que trabalham, compartilham também a mesma cama – são amantes há vinte anos. Os dois pedem o divórcio para se casar, e as duas vão viver na casa de praia compartilhada pelas duas famílias.

Além do recomeço para elas e eles, os filhos dos dois casais também precisam se adaptar à nova – e indigesta – situação. A fria Brianna (June Diane Raphael) e a doce Mallory (Brooklyn Decker), filhas de Gracie e Robert, mais o desligado Coyote (Ethan Embry) e o aplicado Nwabudike (Baron Vaughn), filhos adotivos de Frankie e Sol, fazem o que podem para dar apoio aos pais e tocar as suas vidas, cada qual com seus próprios problemas também a resolver. Ao núcleo principal da série, achegam-se atores convidados para papéis maiores ou menores, como Sam Elliott, Peter Gallagher, Lisa Kudrow, Craig T. Nelson, Marsha Mason.

É um deleite assistir aos episódios da série, que conquistou indicações aos prêmios Globo de Ouro, Emmy e SAG, um após o outro, e se surpreender com a criatividade, o humor, a humanidade que roteiristas, produtores, diretores e atores dedicam a seus personagens e às situações previsíveis (algumas) e imprevisíveis (a grande maioria) vividas por eles, bem como às relações conflituosas, mas sempre afetivas, que os unem.

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