Klaus

Não são só os super-heróis que ganham filmes de origem! O Papai Noel (Santa Claus em inglês) já tem a sua gênese contada no adorável Klaus. A animação da Netflix é uma das apostas para o Oscar 2020 e foi assistido em mais de 30 milhões de lares por todo o mundo. Esse enorme sucesso é produzido em animação tradicional, desenhada à mão, mas passou por processos de iluminação em CGI (computação gráfica). O resultado é um visual único, nostálgico com um toque de modernidade.    

Roteirista de Meu Malvado Favorito, o espanhol Sergio Pablos estreia na direção e propõe uma origem muito humana para o Papai Noel - o toque de fantasia fica para o final. O protagonista é Jesper (voz de Jason Schwartzman), o filho mimado de um magnata. Na tentativa de endireitar o rapaz, o pai milionário o despacha para a longínqua e gelada ilha de Smeerensburg. Nesse fim de mundo, Jesper será o carteiro por um ano e, para garantir a herança, deve entregar 6 mil cartas seladas. Parece fácil? Que nada.

A aldeia é um lugar sombrio, onde dois clãs vivem em pé de guerra – até as crianças são cruéis. Jesper precisa arranjar um jeito de convencer os habitantes e mandar cartas e quando acha que esgotou todas as suas estratégias, descobre que ainda não visitou um morador, que vive isolado em uma cabana. Esse senhor enorme e de barbas brancas é o lenhador Klaus (J.K. Simons), um fabricante de brinquedos solitário. O motivo pelo qual Klaus criava os brinquedos já dá o tom realista a essa história de gente como a gente, mas capaz de fazer coisas extraordinárias.

“Um verdadeiro ato de benevolência sempre desperta outro”. Com essa máxima muito terna, Jesper vai revolucionar não só a vida pacata de Klaus, como vai encontrar nas crianças a saída para fazer a agência de correios bombar. Claro que as mudanças vão muito além das cartas e a mensagem de que pequenos atos podem tornar o mundo um lugar melhor, ganha uma roupagem muito especial com a inusitada dupla de amigos Jesper e Klaus.

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