Espírito Jovem

Há uma aura de juventude à frente e atrás das câmeras de Espírito Jovem. É a estreia na direção do ator e roteirista Max Minghella, conhecido por filmes como A Rede Social e Os Estagiários, e filho de Anthony Minghella, diretor de O Paciente Inglês e Cold Mountain, falecido precocemente em 2008. Um dos produtores é Jamie Bell, ator dos musicais Billy Elliot e Rocketman. E quem estrela é Elle Fanning (Malévola), na pele de Violet, jovem polonesa habitante da Ilha de Wight, ao sul da Inglaterra, que sonha se tornar cantora.

Minghella selecionou grandes hits da música pop para embalar essa fábula agridoce, muitos deles interpretados pela atriz. O produtor musical Marius De Vries, de sucessos como La La Land, Romeu + Julieta e Moulin Rouge, conduziu Elle na preparação vocal e ela canta belamente. Já o enredo não escapa do lugar comum.

Violet vê sua chance quando o programa Teen Spirit (no estilo de American Idol) passa pela cidade para selecionar candidatos para a final, em Londres. Violet enfrenta a resistência da mãe solteira – e amarga –, mas recebe o apoio de Vlad (Zlatko Buric), um cantor de ópera aposentado e alcoólatra, que se oferece para treiná-la em troca de porcentagem em caso de vitória.

Nada de muito relevante acontece nessa jornada um tanto previsível, mas esses concursos de talento mobilizam milhares de pessoas mundo afora, inclusive no Brasil. Vai ter muita gente torcendo e dividindo os sonhos com Violet. Quem assistiu ao recente Vox Lux: O Preço da Fama, com Natalie Portman, deve achar a visão de Minghella inocente demais. É verdade, mas Elle Fanning é cativante e a trilha sonora é ótima.

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